Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo. Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teriamos sido declarados livres, não teriamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno. É, portanto, grande e preciosa a cruz.
Assim, arrebendatas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo. A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. Que a cruz seja a glória de Cristo.
Para exaltarmos ainda mais a cruz, podemos começar desde já a nos preparar para a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá aqui no Brasil em pouco menos de um ano, a cruz símbolo da Jornada está percorrendo todas as dioceses do nosso país para que as pessoas que não tenham condições de acompanhar a jornada, vivam essa experiência de exaltação da cruz em suas comunidades.
O Verbo, Paróquia de São José Esposo da virgem Maria, p.3, Ano 4, nº40, São Paulo, setembro de 2012